Encanto de Geografia
Blog voltado para os assuntos mais explorados e discutidos no campo da geografia e também para debates sobre sociedade, meio ambiente e cultura. Esse espaço é para podermos ver a geografia como algo dinâmico e contemporâneo que não pode ser deixado de lado. Que todos possam tornar esse espaço um lugar de grande discussão geográfica.
terça-feira, 15 de março de 2011
O lado oculto do sol
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Geografia nas férias 2011.
Escrevi anteriormente sobre o tema e disse que um dos grandes motivadores das enchentes era o fato da cidade estar "impermeabilizada" devido ao grande crescimento imobiliário que assola a capital Paulista. Depois das enchentes que marcaram o natal de muitos dos meus alunos que moram nas redondezas do córrego ponte baixa que transbordou em 21/12 a cena que ficou mais forte foram os buracos e crateras que surgiram pela região, em ponto mais afastado desse local uma casa foi sugada por um movimento do solo que a inclinou em cerca de 45º . Esses fatos me fizeram perceber que assim como aconteceu em Angra dos Reis a um ano também acontece em São Paulo.
Nos locais onde o solo não está "impermeabilizado" pela manta asfáltica, sobretudo nas regiões periféricas, as encostas ocupadas irregularmente recebem toda a água possível e acaba por se tornar uma grande esponja na qual se tem muita água e pouquíssima estabilidade acontece o mesmo fenômeno quando despejamos muita água sobre uma esponja - a água vaza por todos os lados no caso da cidade como o solo arenoso não é como a esponja que não se mexe o movimento da água leva o solo junto provocando crateras, deslizamentos e destruição por todos os lados.
Os fatores dessa dinâmica são obras mal feitas e/ou mal acabadas principalmente das empresas de prestação de serviço de água, luz, telefone, tv a cabo, gás entre outras que apenas pioram uma situação que já é difícil. Cobrar as autoridades competentes é obrigação de todo cidadão consciente, não jogar lixo nas vias públicas é dever de todo bom cidadão, não construir irregularmente em áreas íngremes e de preservação ambiental é o que se espera de um cidadão de bom senso, evitar confusões e brigas desnecessárias como algumas que presenciei ao ir na escola Alfredo Vianello Gregório é sinal de civilidade.
Infelizmente a grande esponja que é São Paulo continuará a sofrer todo ano com as chuvas de verão que caracterizam as cidades que tem o clima tropical como a nossa, o que devemos fazer é esperar por um trabalho sério e conjunto de todos os setores da sociedade para que ao menos no próximo verão não tenhamos o show de horrores que foi a noite de 21 para 22/12/2010.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Geografia política.
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Debates políticos ofendem nossa inteligência
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Legado é sinônimo de incompetência política.
Ao averiguar no dicionário descobri: Legado - s.m. Disposição feita por testamento em benefício de alguém; Representante do papa; núncio pontifício; Enviado, em regra temporário, de um governo junto a outro governo; espécie de embaixador extra ordinário para determinada missão. Nos prendendo as definições que nos interessam disposição feita em benefício de alguém (via testamento), de um governo a outro governo, bem essa palavra não se empregava ao evento realizado na cidade do Rio de Janeiro, tão pouco ao evento que realizar-se-á em 2014, e explico: os organizadores não estão morrendo ( o que em alguns casos é uma pena!), o governo diz que vai deixar um legado para o povo (me desculpe, mas a CBF assim como o COB não são instituições que representam o povo brasileiro!), se o governo fala que vai deixar para a população por que as instalações do Pan estão abandonadas e o povo não pode fazer uso?
Os motivos citados acima já justificariam o título do meu texto, contudo se lembrarmos que esse é um blog de teor escolar que procura trazer para o campo da geografia os assuntos mais discutidos na imprensa onde entra a Copa então?
É fácil, tudo isso faz parte de políticas de planejamento urbano, minhas inquietações me fizeram pesquisar um pouco sobre a Copa de 2006 na Alemanha e sobre a candidatura de Madrid (Espanha) para a Olimpíada de 2016, constatei que a malha ferroviária alemã tem mais de 40.000 km e com trens confortáveis que carregam cerca de quatro milhões de passageiros enquanto a malha ferroviária do Brasil possui pouco mais de 29.000 km de linhas desconexas que transportam, quando isso é possível um número ínfimo de passageiros (não vale a pena falar na questão de conforto); bem a campanha da Espanha 2016 - em seu programa já garantia ter prontas para os jogos olímpicos cerca de 73% da estrutura para os jogos principalmente rede de transportes (terrestre e aeroviário) então após a análise desse e de outros dados só pude concluir que os países de primeiro mundo não deixam legado...
Isso a princípio parece estranho, mas não é o que esse países, Alemanha e Espanha fizeram foi de uma simplicidade absurda, eles procuraram ter um país (Alemanha)e uma Cidade (Madrid) em condições de pleitear a honraria de receber os maiores eventos desportivos do mundo. Um governo competente não fala em construir um legado a posteriori de um evento e sim em dar a esse evento uma estrutura toda para que o mundo veja a cidade ou país como exemplo de organização. É ridículo um país como o Brasil hoje ter uma malha metroviaria ou ferroviária que é inferior a da Alemanha da década de 1960 (menos de 20 anos após o fim da II Guerra Mundial).
Falar em Legado é uma falácia sem tamanho e sem vergonha por tudo o que o Brasil deixou de fazer durante o Pan do Rio 2007, com certeza o mesmo será feito em 2014 ou aliás já está sendo feito não se planeja nem o local onde será realizado o jogo de abertura, nosso caderno de encargos é uma piada apenas São Paulo chega perto do número de acomodações solicitadas pela FIFA tem cidades que não tem nem a metade, um terço, mas prometem uma mágica de organização planejamento urbano e ambiental para produzir tantos prédios em tão pouco tempo se fossemos um país sério isso seria possível, mas infelizmente escrevo este texto do Brasil que todos sabemos como é. Tente ver quantas promessas absurdas constam do caderno de encargos e que o nosso governo diz que "we can" realizar.
Futebol é esporte e não legado até porque nosso futebol é bem diferente do que foi criado na Inglaterra, e política séria é planejar e executar para o bem da sua população independente do evento e o que vemos no pais é politicagem que cheira mal a corrupção e prejuizo da população geral.
quarta-feira, 24 de março de 2010
Geopolítica I.
Enquanto conversava com a professora e coordenadora Debora da E.E Martinho da Silva sobre o novo blog da escola, me vi com uma inquietação: O que escrever para os meus alunos desse novo espaço interativo:?
A resposta me veio a mente no momento que fiz uma relação com o nosso momento político atual - eleições 2010. E muito mais do que apenas nos preocupar com a convocação da seleção (calma eu também detestei os convocados do Dunga) devemos nos preocupar com o que teremos que fazer em outubro - escolher o próximo governante da nação. E folheando os jornais as variadas pesquisas de opinião que vemos e analisamos são tão enganosas que me fazem perguntar porque damos ouvidos a elas e porque elas são tão fortes assim, e a resposta parece óbvia: Culpa da Mídia!!!!
sexta-feira, 12 de março de 2010
Tigrões, Tigres e tigrinhos.
Meus caríssimos alunos do 9° Viviane, Gustavo, Joyce e Kananda tiveram duvidas sobre o que a expressão "tigres asiáticos" queria dizer e qual o seu papel para o continente asiático, então acredito ser necessário tirar algumas duvidas:
* Primeiramente essa nomenclatura muito usada nos anos 80 e 90 hoje já não é muito utilizada, até porque dos tigres asiáticos originais (Coréria do Sul, Taiwan, Hong Kong e Singapura) Hong Kong voltou para as mãos dos chineses perdendo parte de sua autonomia política e econômica.
* Usar o Tigre como símbolo para os esse bloco econômico é significativo, pois o tigre é venerado na Ásia por ser um animal de varios atributos como inteligência, sagacidade, coragem e precisão, e justamente muitas dessas características são fatores primordiais nesses países.
* O que caracteriza esse bloco econômico é o arrojo que eles apresentaram em suas praticas comerciais, já que a regra era desenvolver ao máximo a indústria e também por promoverem grandes mudanças nos modos de produção em seus países e com isso abarcarem grandes fatias de mercado internacional, com particular destaque para o brasileiro - perguntem-se quantas pessoas você conhece que tem um produto made in Taiwan, por exemplo?
* Os tigres asiaticos baseiam sua economia apenas na exportação de produtos industrializados, não se preocupam com as importações e produção voltada para o mercado consumidor interno ], essa política pode em última instãncia acarretar uma grande crise social interna, porque crise financeiras como a que vivemos em 2009 podem fazer com que os países compradores desse bloco deixem de comprar fazendo com que a economia do país entre em colapso.
* O modelo produtivo baseado na força de trabalho barato e que tem grandes jornadas diárias pode fazer com que a produção seja alta, todos os tigres asiaticos tem excedente de mão de obra o que faz os trabalhadores ganharem mal, além disso o governo não cria ou criou leis trabalhistas fortes que garantam mais direitos aos seus trabalhadores.
* Fora esse quadro no século XXI, países vizinhos do sudeste asiático adotaram práticas semelhantes e também ganharam força no cenário econômico mundial, eles são conhecidos como os novos tigres asiáticos (Tailândia, Vietnã, Malásia e Filipinas) que assim como os tigres originais apresentam um forte crescimento econômico e grandes problemas sociais que tem origem em uma estrutura deficitária e capitalista no pior sentido do termo.
Os Tigres já não são vistos como a vinte anos atrás, contudo são peças fundamentais no cenário econômico global, o gigantismo não é tão grande e não podem ser vistos como gatinhos, os tigres asiáticos e os novos tigres devem ser vistos como um exemplo para o Brasil, imitar o dinamismo produtivo sem deixar de pensar na maior parcela da população.