sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Debates políticos ofendem nossa inteligência


Cadê o debate?


Assistindo a primeira rodada de debates para presidente e para o governo do Estado de São Paulo notei que estava perdendo o meu precioso tempo porque o que se via pela televisão eram trocas de acusações de um lado contra o outro (normalmente de acordo com as pesquisas de opinião o com menor índice de intenção de votos parte para um ataque quase insano contra o que está em vantagem), um número de candidatos sem expressão e com pouca capacidade de problematizar e/ou explicar o que tinha como proposta.

É enfadonho ver nos debates que os políticos não querem interagir com a população que esquecem que devem mostrar-se para os eleitores destacando suas qualidades e não os defeitos alheios, pois o que conquista as pessoas são as virtudes e os pontos positivos e não os defeitos, aliás quem daria crédito a uma pessoa que diria que seu ponto forte era o de ser preguiçoso e trapaceiro?


Na presidência a disputa entre PSDB e PT é hilária e faria qualquer professor de matemática se confundir, já que se trata de um festival de número para lá e para cá que não saem do lugar; a candidata do PV fica a margem e perde a chance de se consolidar como a terceira via possível e vai caminhando para um obscurantismo sem precedentes. Na disputa Paulista parece o programa do SBT 1 contra 100, ou seja, todos contra o candidato do PSDB, que diga-se de passagem não tem nada a ver com a inépcia dos seus adversários e vai caminhando a passos largos para ser o eleito em primeiro turno.

Não sei se verei os próximos debates, achei as sabatinas promovidas por sites e jornais muito mais inteligentes e instigantes, contudo não me curvarei a esse jogo político que ignora a vontade de boa parte da população em se informar e também de participar da vida politica do país.