terça-feira, 15 de março de 2011

O lado oculto do sol


Que raio de explosões!

Conversando calorosamente com a minha coordenadora Débora Margot da Escola Estadual Martinho da Silva sobre as explosões solares e quais as suas implicações para a vida na Terra resolvi começar pela indagação mais simples - afinal o que são explosões solares?
De acordo com Pierre Kaufmann físico de renome internacional as explosões solares são na verdade processos naturais da atividade solar - durante um ciclo solar aparecem as "manchas solares" que resultam de áreas de grande concentração de energia (que parecem manchas), essas regiões tem muito gás ionizado e a explosão solar é a liberação desse grande volume de energia e gás ionizado no espaço (a explosão solar provoca o fenômeno conhecido como "tempestade solar" que pode resultar em problemas para o nosso planeta.

Ainda de acordo com Kaufmann os últimos estudos prevêem um final de ciclo solar para o ano de 2012 ou 2016 (ocorre divergências entre os cientistas), entretanto a possibilidade de fim do ciclo solar no próximo ano tem fomentado as teorias sobre o fim do mundo em 2012 segundo o calendário maia. O pânico geral não se justifica, pois segundo estudos de vários centros de observações astronômicas muitas explosões solares de grande magnitude não causam nenhum tipo de problema para o nosso planeta e explosões pequenas podem causar danos.

As explosões solares podem interferir em nossos sistemas de comunicação de modo geral (rádio, TV, telefonia, satélites de observação entre outros), mas o impacto para o nosso planeta é incerto e não podemos nos alarmar com ideias sobre grandes explosões atingindo a terra e causando a destruição total. Sobre a radiação que as tempestades solares carregam não se sabe quais são ou serão seus efeitos para a Terra (a tempestade solar mais famosa é aquela que deu origem ao quarteto fantástico - no filme). Devemos continuar estudando o Sol com a atenção devida mesmo que a nossa grande estrela esteja preguiçosa nos últimos anos como relata o Complexo Astronômico de El Leoncito ela tem o poder de dizimar a vida na Terra, mas de acordo com os estudos mais recentes não é uma tendência para 2012.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Geografia nas férias 2011.

A esponja nossa de todo o ano.

Nesse início de ano uma rotina toma conta de todos nós paulistanos - as chuvas de verão. Elas são fortes, rápidas e devastadoras. Com certeza nossa cidade à décadas não está mais suportando a quantidade de chuva que cai do céu a partir de finais de Novembro e sobretudo em Dezembro e Fevereiro. O verão do biénio 2010/2011tem representado um dos maiores índices de chuva dos últimos anos, se isso por um lado é bom porque garante que continuaremos com o nosso abastecimento regular de água por outro nos alerta para um grande problema antigo: as enchentes já conhecidas e outros que embora antigo estava um pouco esquecido: os deslizamentos de terra.
Escrevi anteriormente sobre o tema e disse que um dos grandes motivadores das enchentes era o fato da cidade estar "impermeabilizada" devido ao grande crescimento imobiliário que assola a capital Paulista. Depois das enchentes que marcaram o natal de muitos dos meus alunos que moram nas redondezas do córrego ponte baixa que transbordou em 21/12 a cena que ficou mais forte foram os buracos e crateras que surgiram pela região, em ponto mais afastado desse local uma casa foi sugada por um movimento do solo que a inclinou em cerca de 45º . Esses fatos me fizeram perceber que assim como aconteceu em Angra dos Reis a um ano também acontece em São Paulo.
Nos locais onde o solo não está "impermeabilizado" pela manta asfáltica, sobretudo nas regiões periféricas, as encostas ocupadas irregularmente recebem toda a água possível e acaba por se tornar uma grande esponja na qual se tem muita água e pouquíssima estabilidade acontece o mesmo fenômeno quando despejamos muita água sobre uma esponja - a água vaza por todos os lados no caso da cidade como o solo arenoso não é como a esponja que não se mexe o movimento da água leva o solo junto provocando crateras, deslizamentos e destruição por todos os lados.
Os fatores dessa dinâmica são obras mal feitas e/ou mal acabadas principalmente das empresas de prestação de serviço de água, luz, telefone, tv a cabo, gás entre outras que apenas pioram uma situação que já é difícil. Cobrar as autoridades competentes é obrigação de todo cidadão consciente, não jogar lixo nas vias públicas é dever de todo bom cidadão, não construir irregularmente em áreas íngremes e de preservação ambiental é o que se espera de um cidadão de bom senso, evitar confusões e brigas desnecessárias como algumas que presenciei ao ir na escola Alfredo Vianello Gregório é sinal de civilidade.
Infelizmente a grande esponja que é São Paulo continuará a sofrer todo ano com as chuvas de verão que caracterizam as cidades que tem o clima tropical como a nossa, o que devemos fazer é esperar por um trabalho sério e conjunto de todos os setores da sociedade para que ao menos no próximo verão não tenhamos o show de horrores que foi a noite de 21 para 22/12/2010.