quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Geografia nas férias 2011.

A esponja nossa de todo o ano.

Nesse início de ano uma rotina toma conta de todos nós paulistanos - as chuvas de verão. Elas são fortes, rápidas e devastadoras. Com certeza nossa cidade à décadas não está mais suportando a quantidade de chuva que cai do céu a partir de finais de Novembro e sobretudo em Dezembro e Fevereiro. O verão do biénio 2010/2011tem representado um dos maiores índices de chuva dos últimos anos, se isso por um lado é bom porque garante que continuaremos com o nosso abastecimento regular de água por outro nos alerta para um grande problema antigo: as enchentes já conhecidas e outros que embora antigo estava um pouco esquecido: os deslizamentos de terra.
Escrevi anteriormente sobre o tema e disse que um dos grandes motivadores das enchentes era o fato da cidade estar "impermeabilizada" devido ao grande crescimento imobiliário que assola a capital Paulista. Depois das enchentes que marcaram o natal de muitos dos meus alunos que moram nas redondezas do córrego ponte baixa que transbordou em 21/12 a cena que ficou mais forte foram os buracos e crateras que surgiram pela região, em ponto mais afastado desse local uma casa foi sugada por um movimento do solo que a inclinou em cerca de 45º . Esses fatos me fizeram perceber que assim como aconteceu em Angra dos Reis a um ano também acontece em São Paulo.
Nos locais onde o solo não está "impermeabilizado" pela manta asfáltica, sobretudo nas regiões periféricas, as encostas ocupadas irregularmente recebem toda a água possível e acaba por se tornar uma grande esponja na qual se tem muita água e pouquíssima estabilidade acontece o mesmo fenômeno quando despejamos muita água sobre uma esponja - a água vaza por todos os lados no caso da cidade como o solo arenoso não é como a esponja que não se mexe o movimento da água leva o solo junto provocando crateras, deslizamentos e destruição por todos os lados.
Os fatores dessa dinâmica são obras mal feitas e/ou mal acabadas principalmente das empresas de prestação de serviço de água, luz, telefone, tv a cabo, gás entre outras que apenas pioram uma situação que já é difícil. Cobrar as autoridades competentes é obrigação de todo cidadão consciente, não jogar lixo nas vias públicas é dever de todo bom cidadão, não construir irregularmente em áreas íngremes e de preservação ambiental é o que se espera de um cidadão de bom senso, evitar confusões e brigas desnecessárias como algumas que presenciei ao ir na escola Alfredo Vianello Gregório é sinal de civilidade.
Infelizmente a grande esponja que é São Paulo continuará a sofrer todo ano com as chuvas de verão que caracterizam as cidades que tem o clima tropical como a nossa, o que devemos fazer é esperar por um trabalho sério e conjunto de todos os setores da sociedade para que ao menos no próximo verão não tenhamos o show de horrores que foi a noite de 21 para 22/12/2010.

2 comentários:

  1. nossa prof° que texto enorme mas eu gostei principalmente no final,quando o senhor falo para ñ jogar lixo nas vilas,ñ constroi em lugares irregular muito bom

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  2. Oi Jéssica o texto precisou ser um pouco maior do que eu queria, pois a mensagem merecia ser mais desenvolvida, mas muito obrigado pelo comentário continue seguindo o blog!!

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